segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

QUESTÃO 919 - O LIVRO DOS ESPÍRITOS


Parte Terceira
Das leis morais
 
CAPÍTULO XII
DA PERFEIÇÃO MORAL
 
Conhecimento de si mesmo
 
919. Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de resistir à atração do mal?
 
Um sábio da antigüidade vo-lo disse: Conhece-te a ti mesmo.”
 
a) - Conhecemos toda a sabedoria desta máxima, porém a dificuldade está precisamente em cada um conhecer-se a si mesmo. Qual o meio de consegui-lo?
 
Fazei o que eu fazia, quando vivi na Terra: ao fim do dia, interrogava a minha consciência, passava revista ao que fizera e perguntava a mim mesmo se não faltara a algum dever, se ninguém tivera motivo para de mim se queixar. Foi assim que cheguei a me conhecer e a ver o que em mim precisava de reforma. Aquele que, todas as noites, evocasse todas as ações que praticara durante o dia e inquirisse de si mesmo o bem ou o mal que houvera feito, rogando a Deus e ao seu anjo de guarda que o esclarecessem, grande força adquiriria para se aperfeiçoar, porque, crede-me, Deus o assistiria. Dirigi, pois, a vós mesmos perguntas, interrogai-vos sobre o que tendes feito e com que objetivo procedestes em tal ou tal circunstância, sobre se fizestes alguma coisa que, feita por outrem, censuraríeis, sobre se obrastes alguma ação que não ousaríeis confessar. Perguntai ainda mais: “Se aprouvesse a Deus chamar-me neste momento, teria que temer o olhar de alguém, ao entrar de novo no mundo dos Espíritos, onde nada pode ser ocultado?”
Examinai o que pudestes ter obrado contra Deus, depois contra o vosso próximo e, finalmente, contra vós mesmos. As respostas vos darão, ou o descanso para a vossa consciência, ou a indicação de um mal que precise ser curado.
O conhecimento de si mesmo é, portanto, a chave do progresso individual. Mas, direis, como há de alguém julgar-se a si mesmo? Não está aí a ilusão do amor-próprio para atenuar as faltas e torná-las desculpáveis? O avarento se considera apenas econômico e previdente; o orgulhosos julga que em si só há dignidade. Isto é muito real, mas tendes um meio de verificação que não pode iludir-vos. Quando estiverdes indecisos sobre o valor de uma de vossas ações, inquiri como a qualificaríeis, se praticada por outra pessoa. Se a censurais noutrem, não na poderia ter por legítima quando fordes o seu autor, pois que Deus não usa de duas medidas na aplicação de Sua justiça. Procurai também saber o que dela pensam os vossos semelhantes e não desprezeis a opinião dos vossos inimigos, porquanto esses nenhum interesse têm em mascarar a verdade e Deus muitas vezes os coloca a vosso lado como um espelho, a fim de que sejais advertidos com mais franqueza do que o faria um amigo. Perscrute, conseguintemente, a sua consciência aquele que se sinta possuído do desejo sério de melhorar-se, a fim de extirpar de si os maus pendores, como do seu jardim arranca as ervas daninhas; dê balanço no seu dia moral para, a exemplo do comerciante, avaliar suas perdas e seus lucros e eu vos asseguro que a conta destes será mais avultada que a daquelas. Se puder dizer que foi bom o seu dia, poderá dormir em paz e aguardar sem receio o despertar na outra vida.
Formulai, pois, de vós para convosco, questões nítidas e precisas e não temais multiplicá-las. Justo é que se gastem alguns minutos para conquistar uma felicidade eterna. Não trabalhais todos os dias com o fito de juntar haveres que vos garantam repouso na velhice? Não constitui esse repouso o objeto de todos os vossos desejos, o fim que vos faz suportar fadigas e privações temporárias? Pois bem! Que é esse descanso de alguns dias, turbado sempre pelas enfermidades do corpo, em comparação com o que espera o homem de bem? Não valerá este outro a pena de alguns esforços? Sei haver muitos que dizem ser positivo o presente e incerto o futuro. Ora, esta exatamente a idéia que estamos encarregados de eliminar do vosso íntimo, visto desejarmos fazer que compreendais esse futuro, de modo a não restar nenhuma dúvida em vossa alma. Por isso foi que primeiro chamamos a vossa atenção por meio de fenômenos capazes de ferir-vos os sentidos e que agora vos damos instruções, que cada um de vós se acha encarregado de espalhar. Com este objetivo é que ditamos O Livro dos Espíritos.”
SANTO AGOSTINHO.

Nota: Muitas faltas que cometemos nos passam despercebidas. Se, efetivamente, seguindo o conselho de Santo Agostinho, interrogássemos mais amiúde a nossa consciência, veríamos quantas vezes falimos sem que o suspeitemos, unicamente por não perscrutarmos a natureza e o móvel dos nossos atos.
A forma interrogativa tem alguma coisa de mais preciso do que qualquer máxima, que muitas vezes deixamos de aplicar a nós mesmos. Aquela exige respostas categóricas, por um sim ou não, que não abrem lugar para qualquer alternativa e que são outros tantos argumentos pessoais. E, pela soma que derem as respostas, poderemos computar a soma de bem ou de mal que existe em nós.
  

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Gato ou Cachorro...?



O princípio inteligente, durante o processo de manifestação na matéria, passa pelo reino animal. Mas será que isso significa que já reencarnamos como animais domésticos no passado?
 Nesta entrevista, Dr. Ricardo Di Bernardi, presidente do Instituto Espírita de Florianópolis, responde algumas questões básicas sobre o tema reencarnação e o mundo animal.

 APARTIR DE SUAS PESQUISAS, O SENHOR PODERIA DIZER SE TIVEMOS OU NÃO REENCARNAÇÕES EM ESPÉCIES NÃO-HUMANAS?
Seremos objetivos: Tivemos!
 HÁ REFERÊNCIAS DE AUTORES ESPIRITUAIS CONFIÁVEIS SOBRE ESTA QUESTÃO?
Com certeza. Kardec, Léon Denis, Emmanuel, Joanna de Ângelis, André Luiz...
 PODE CITAR UMA OBRA DE EMMANUEL, VIA CHICO XAVIER, EDITADA PELO FEB, QUE FALE SOBRE ISTO? INCLUSIVE DETALHAR PÁGINA OU QUESTÃO?
Sim. No Livro O Consolador, na questão 79: “Como interpretar nosso parentesco com as animais? Considerando que eles igualmente possuem, diante do tempo, um porvir de fecundas realizações, através de inúmeras experiências chegarão, um dia, ao chamado reino hominal, como, por nossa vez, alcançaremos, no escoar dos milênios, a situação da angelitude”.
 LEMBRO, AGORA, QUE LÉON DENIS FALOU MESMO ALGO A RESPEITO... COMO ERA MESMO A FRASE?
Sim, no Livro O problema do Ser, do Destino e da Dor“O espírito dorme no mineral, sonha no vegetal, agita-se no animal e desperta no homem”.

 E NAS OBRAS DA CODIFICAÇÃO, HÁ REFERÊNCIA CLARA SOBRE ESTA QUESTÃO?
Sem dúvida. Podemos encontrar em O Livro dos Espíritos, na questão 540, na resposta, no penúltimo parágrafo, o trecho: “... É assim na natureza, que tudo serve tudo se encadeia dedo o átomo até o arcanjo, que começou por ser átomo”.
 SEM QUERER SER INCONVENIENTE, MAS POSSO TER SIDO UM CACHORRO, GATO OU POMBO-CORREIO?
Não! Não fomos nada disso.

 POR QUÊ? COMO SABE?
Pelo motivo de que gatos, cães e pombos são espécies modernas, existentes há um tempo recente em relação aos bilhões de anos da história da Terra. Não existiam gatos e pombos há milhões de anos atrás. Descendemos de espécies primitivas que originaram a espécie humana.
MAS, DARWIN DISSE QUE O HOMEM DESCENDEU DO MACACO...
Alto lá! Darwin jamais disse isto. Quem disse foram os jornais da época. Não podemos ter descendido dos macacos, pois são espécies modernas.

 COMO FOI ENTÃO?
Seguindo as orientações de André Luiz em Evolução em Dois Mundos, em Estudos Espíritas, de Joanna de Angelis, e outros autores, o homem descendeu de ceares bípedes primitivos que foram se transformando até surgir o Homo Sapiens.
Veja: Eu e meu primo somos contemporâneos. Eu não posso descender de meu primo. Eu e meu primo descendemos de um mesmo avô. Macacos e homens são primos distantes, portanto, descendem de ancestrais distantes. Não podem descender um do outro. Darwin esclareceu muito bem isto. André Luiz e Joanna de Ângelis também.
 O SENHOR TEM LIVRO, DE SUA AUTORIA, A RESPEITO?
Sim. Reencarnação e Evolução das Espécies, publicado pela Editora Universalista, onde abordo bem detalhadamente o assunto.

 QUE ALÍVIO SABER QUE NÃO FUI UM CACHORRO!
Bem, para brincar um pouco: Minha mulher ainda pensa que sou um gato! Melhor não levá-la ao oftalmologista...

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Fonte:
Rede Amigo Espírita

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

A inigualável palavra de Jesus...


Sempre importante lembrarmos das palavras de Jesus.
A palavra do Cristo é a luz acesa para encontrarmos na sombra terrestre, em cada minuto da vida, o ensejo divino de nossa construção espiritual.
Erguendo-a, vemos o milagre do pão que, pela fraternidade, em nós se transforma, na boca faminta, em felicidade para nós mesmos.
Irradiando-a, descobrimos que a tolerância por nós exercida se converte nos semelhantes em simpatia a nosso favor.
Distribuindo-a, observamos que o consolo e a esperança, o carinho e a bondade, veiculados por nossas atitudes e por nossas mãos, no socorro aos companheiros mais ignorantes e mais fracos, neles se revelam por bênçãos de alegria, felicitando-nos a estrada.

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Geme a Terra, sob o pedregulho imenso que lhe atapeta os caminhos...
Sofre o homem sob o fardo das provações que lhe aguilhoam a experiência.
E assim como a fonte nasce para estender-se, desce o dom inefável de Jesus sobre nós para crescer e multiplicar-se.
Levantemos, cada hora, essa Luz Sublime para reerguer os que caem, fortalecer os que vacilam, reconfortar os que choram e auxiliar os que padecem.
O mundo está repleto de braços que agridem e de vozes que amaldiçoam.
Seja a nossa presença junto aos outros algo do Senhor inspirando alegria e segurança.
Não nos esqueçamos de que o tempo é um empréstimo sagrado, e quem se refere a tempo diz oportunidade de ajudar para ser ajudado;
De suportar para ser suportado, de balsamizar as feridas alheias para que as próprias feridas encontrem remédio e de sacrificar-se pela vitória do bem, para que o bem nos conduza à definitiva libertação.
Assim, pois, caminhemos com Jesus, aprendendo a amar sempre, repetindo com Ele, em nossas proveitosas dificuldades de cada dia: Pai nosso, seja feita a vossa vontade, assim na Terra como nos Céus.

*   *   *

Que a palavra de Jesus não permaneça apenas nos lábios dos oradores.
Que a palavra de Jesus não permaneça apenas nos ouvidos dos seguidores.
Ante a lembrança Dele, pensemos nas nossas escolhas de vida.
Reflitamos se estamos escolhendo o caminho mais cômodo, ou se já optamos pelo caminho mais seguro e certo.
A palavra de Jesus nos orienta com clareza. Ouçamos todos os que tenhamos ouvidos de ouvir.
Em algum momento todos teremos que despertar para o bem, e nada melhor do que despertar ao som dos ensinos deste Amigo tão querido e zeloso.
Esqueçamos os fanatismos religiosos. Esqueçamos dogmas e mistérios.
Lembremos apenas das lições do Mestre que nos apontam o amor como solução, como sentido para a vida.
Toda palavra de Jesus poderá ser resumida em apenas uma: amor.
Amemos e estaremos no mais seguro dos caminhos para a felicidade.

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Fonte:
Redação do Momento Espírita com base no cap. 17, do livro Vozes do grande além, por Espíritos                                diversos, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.
Em 10.03.2011.