domingo, 2 de maio de 2010

Cine Espírita...


Por que assistir ao filme de Chico Xavier?

Para os emocionais:
Em um mundo onde muitas pessoas tem necessidades de exemplos e representações para respaldar suas escolhas, o filme mostra sem pieguices ou charlatonismos a importância social do maior exemplo contemporâneo de nosso país da pratica da tolerância, do amor ao próximo, da resignação e doação aos seus propósitos. Ele mostra a importância do admitir-se errado e a necessidade do recomeço.

Para os mais “críticos”:
Esse filme é tecnica e esteticamente uma satisfação cinematográfica. Excelentes atuações e recortes em 95% das cenas. A narrativa passa longe de dramalhões e apelações que tanto nos incomodam no cinema nacional. O filme é Cult e popular. Poucos conseguem conquistar tanto.

É conhecer para saber falar, mesmo que seja mal.

Técnica e elenco
Em um filme que fala sobre espiritos, manifestações ocultas e misterios de varias naturezas é mais que esperado algum efeito especial, não é? O filme usa o recurso de forma pontual e de forma dosada. A cena em que observamos mais o recurso é no inicio da primeira psicografia feita por ele, onde recebe a primeira mensagem de sua mãe morta durante a infãncia dele. Uma cena forte com uma "jogada" de camera inteligente!
A edição é muito feliz na grande maioria dos momentos tendo mérito honroso já que uma narrativa mista, como é a do filme com constantes “flash back”, deve ser trabalhado com muita cautela. A produção do figurino e da maquiagem é precisa e somam no conjunto construtivo das cenas, desde a caracterização dos atores até objetos de apoio dos atores.
As inevitáveis ressalvas do filme começam com o elenco. Eu não consigo desvencilhar a Cristiane Torloni (Gloria) ou o Tony Ramos (Orlando) das novelas globais, e mesmo com a expressiva dedicação e esforço deles fica difícil “engolir” algumas cenas. Muito mais pela Torloni que não acerta no tom dramático de sua personagem Glória, mãe de um rapaz morto acidentalmente pelo amigo e por isso rancorosa, amargurada e endurecida.
Mas Giovanna Antoneli, em um momento primoroso de interpretação, conseguiu me emocionar com sua personagem Cidália, simples e acolhedora. Além dos interpretes de Chico Nelson Xavier (1969/1975), Ângelo Antonio (1931/1959) e Matheus Costa (1918/1922) serem aquilo que nós esperamos que um ator seja ao assumir um personagem tão emblemático como esse.
Um destaque maior para a personagem de Giullia Gan, Rita, a madrinha malvada de Chico que praticava todas as violações de direito do E.C.A. durante a infância de Xavier. Ela está assustadoramente perfeita na curta, mas densa aparição no filme.

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